quinta-feira, 31 de julho de 2008

Between, my well! ???

Por que Between, my well!? Essa foi a primeira pergunta que me fiz quando decidi adotar esse nome para o meu blog. Esse post busca esclarecer essa dúvida e, quem sabe, afirmar minhas convicções a cerca desse nome um tanto quanto peculiar.

Para começar tenho que reconhecer, mais uma vez, minha entrada tardia na Blogosfera. Ou seja, muitos nomes me agradavam, mas poucos ainda não haviam sido registrados.

Antes do atual nome tive várias idéias de nome. Minha preferida era Omeprazol: remédio tarja vermelha indicado para úlceras gástricas e intestinais. Parecia-me o nome mais correto, pois o objetivo inicial desse blog, além de expressar minhas idéias e opiniões, era promover o debate sobre a realidade ácida em que estamos inseridos. O blog funcionaria como uma espécie de "remédio"; cujo fim seria refletir, dialogar e/ou construir soluções para o nosso mundo. Infelizmente, Omeprazol e todas suas variáveis já estavam registradas.

Segui em frente.

Estava navegando despretensiosamente quando me deparei com um post bastante interessante, ele se chamava: "Gírias em Inglês". Me diverti bastante, pois ele traduzia literalmente as gírias do português para o inglês. Simplesmente genial!!! Imaginei um brasileiro no exterior fazendo uso dessas gírias e sendo mal compreendido.

Um dos significados de Gírias, segundo o Aurélio, é: "linguagem peculiar àqueles que exercem a mesma profissão ou arte". Nesse sentido esta algo que me chamou a atenção. A linguagem é uma das mais poderosas armas/ferramentas que possuímos. Gírias são utilizadas o tempo todo tanto para distinguir quanto para aproximar interesses, pessoas, grupos e culturas. Nesse aspecto surge uma discussão maior: as desigualdades sociais, políticas e econômicas entre as civilizações.

Parece bobeira, mas o Brasil recebeu e recebe influência de diversas culturas, como: ibérica, inglesa, francesa, norte-americana, árabe, japonesa, chinesa etc. O intercâmbio cultural é construtivo, necessário e inevitável. Devemos refletir e estabelecer limites éticos que garantam um intercâmbio saudável, ou seja, devemos pensar que as diferenças não fazem uma civilização melhor que outra e assim não garantem a imposição de uma cultura sobre as demais. Elas são simplesmente diferentes e devem ser respeitadas igualmente. Historicamente conferimos que esses limites muitas vezes foram ultrapassados, como no caso da atual intervenção dos Estados Unidos no Oriente Médio devido às questões do ouro negro. Infelizmente, a imposição cultural e econômica aparece na história como regra e não exceção.


Ao perceber que uma simples brincadeira em um post pudesse levantar questões tão séria, não tive dúvidas, procurei entre elas a que mais se encaixava à proposta desse blog. Dentre todas, "Between, my well" teve um destaque especial. Representava um convite de boas vindas. Um convite para adentrar nas discussões que dividem e transformam opiniões. Imediatamente escalei tal gíria para o topo de idéias que me agradavam. Mais uma vez, esse nome já havia sido registrado, mas nada que um hífen não resolvesse. Estava criado o Between, my well!

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Vale a pena conferir...

Livros:
Preconceito Linguístico: como é, como se faz (Marcos Bagno)
Vidas Secas (Graciliano Ramos)
Homens e Caranguejos (Josué de Castro)
Choque de Civilizações (Samuel P. Huntington)

Filme:
Quanto Vale ou é por Quilo? (2005)

CD:
Welcome to the Cruel World (Ben Harper - 1994)
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Curiodades:
- O "ratinho" na parte superior direta do blog pertence ao artista Banksy. Eu simplismente inverti as cores para combinar com o layout do blog.
- O símbolo radioativo no favicon e no meu perfil enfatiza a capacidade destrutiva humana.
- His name is Robert Paulson.

quarta-feira, 30 de julho de 2008

Adentrando na Blogtopia!!!

Apesar de tardiamente, posso afirmar que agora sou o mais novo integrante do fenômeno social conhecido como Blogosfera. Acredito que os computadores, mais precisamente os computadores pessoais, juntamente com a internet representem uma das maiores invenções do ser humano, não digo isso por acaso, mas porque permitiram revolucionar não somente a forma do homem encarar o mundo como também revolucionaram, ainda mais, a otimização do tempo, do espaço e dos custos.

Hoje, em um computador encontramos funcionalidades que no passado somente seriam possível se dispuséssemos de uma gama imensa de equipamentos. Não é preciso muita criatividade, imagine ter em seu escritório uma máquina de escrever, um aparelho de som, álbuns de fotografias, cadernos de anotações, aparelho de DVD, televisão, fax, telefone, vídeo game, relógio, além de estantes com suas coleções de livros, filmes e discos. Essas são algumas das diversas funções que o computador conseguiu agregar em um único eletrodoméstico (!!!), sendo que muitas vezes essas funções foram aprimoradas.

Paralelo ao surgimento dos computadores entra em atividade em 1969 o ARPANET: projeto do governo dos Estados Unidos que visava interconectar os computadores militares e assim espalhar as informações por diversas localidades. Buscava-se proteger os dados de um possível ataque inimigo. Posteriormente essa tecnologia foi aderida por universidades e estudantes, que a utilizavam para agilizar a troca de informações e resultados de pesquisas. Como se tudo isso não bastasse, Tim Berners-Lee juntamente com o Centro Europeu de Pesquisas Nucleares desenvolveu um sistema projetado para simplificar a navegação e o acesso a essas informações, surge o World Wide Web (WWW). Estava aberto o caminho para a Internet como conhecemos hoje.

A Internet transcende a funcionalidade de interconectar computadores. Ela é revolucionaria, uma vez que descentraliza a forma de se lidar com informações e dados. Mais que isso permite o surgimento de um novo espaço de interação e construção social e cultural. Afirmo que a Internet é um expoente no processo de liberdade de expressão e o mais próximo que conseguimos chegar de uma efetiva democracia.

Tentando acompanhar todo esse turbilhão de novas tecnologias criei o Between, my well!: um blog voltado para satisfazer minha necessidade humana de expressão e, quem sabe, promover o diálogo e a produção de idéias. Resumidamente esse blog representa mais um passo que dou em direção da fascinante e atual Era da Informação.
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Vale a pena conferir...

Livros:
Cibercultura (Pierre Lévy)
A Galáxia da Internet (Manuel Catells)
A Vida Digital (Nicholas Negroponte).

Filme:
Piratas do Vale do Silício (1999)

CD:
Banda Larga Cordel (Gilberto Gil - 2008)
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PS: a imagem acima pertence a Fábio Tremonte e foi retirada da Revista Educação Especial: Biblioteca do Professor nº 8. Utilizei essa imagem devido à incrível semelhança da personagem comigo, sem contar que ela transmite bem a idéia que quero passar nesse primeiro post.